sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

- Trem da Vida '

A nossa vida é comparada a uma viagem de trem, cheia de
embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...
Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que; acreditamos; farão conosco a viagem até o fim: Nossos pais. Não é verdade?
Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto.
Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós.
Embarcam nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem alegres.
Outros fazem a viagem experimentando somente tristezas.
E no trem há, também, pessoas que passam de vagão a vagão, prontas para ajudar a
quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas.
Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso.
Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas, claro que isso não nos impede de que, com grande dificuldade, atravessemos nosso vagão e cheguemos até eles.
O difícil é aceitarmos que não podemos nos assentar ao seu lado, pois outra pessoa
estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.
Façamos, então, essa viagem, da melhor maneira possível,
tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Nós mesmos fraquejamos algumas vezes.
E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada desceremos.
E fico pensando: quando eu descer desse trem deixarei saudades? Alguém se importará com a minha descida? Deixar meus filhos viajando nele sozinhos será muito triste.
Separar-me de alguns amigos que fiz neste trem, do amor da minha vida, será para mim doloroso.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal esperando-os e terei a emoção de vê-los chegar com uma boa bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que esta bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o trem diminui a sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.
Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história de amor, de algo que duas ou mais pessoas construíram, uma sociedade, por exemplo, e que, por um motivo trivial, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas, como nós, tem a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o que há de proveitoso de "todos os passageiros".
Agradeço a Deus por você fazer parte da minha viagem e ainda que nossos assentos não estejam lado a lado, o meu desejo é que como você e eu não sabemos quando e em qual estação vamos desembarcar, nos esforcemos para que a nossa viagem nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

- Canto dos Malditos na Terra do Nunka '


Eu quero descansar no teu peito
O cansaço dessa vida e o peso de ter que ser alguém
Eu já não sei o que faço meu bem
nem o que farei

Mas se você quiser e vier pro que der e vier comigo
Eu posso ser o seu abrigo
Mas e se você não quiser
Eu posso ser um qualquer inimigo
Mas só quero que saiba meu bem
Esteja sempre comigo.

Eu quero encontrar minha paz
Que eu já não sei dos perigos que essa vida me traz
Só sei que a gente inventa o amor e dor e tudo
que nos satisfaz

Mas se você quiser e vier pro que der e vier comigo
Eu posso ser o seu abrigo
Mas se você não quiser
Me nego a todo e qualquer castigo
Mas só quero que saiba meu bem
Te levo sempre comigo